DEFINIÇÃO BOTÂNICA
Sorgo (do latim sagina) planta anual, originária da Índia, da família das gramíneas, com caule de dois ou três metros de altura, cheias com um tecido branco e algo doces e velosas nos nós: folhas sem pelos e ásperas nas margens, flores em panícula pouco densa, grande e direita, espessa em forma de cacho e pendente, grãos maiores que os do cânhamo, algo avermelhados, esbranquiçados ou amarelos. Estes servem para fazer pão e alimentos para as aves e as plantas inteiras para pasto.
ORIGEM DO SORGO
Da família das gramineas, género Sorghum, pertencente á tribo das andropógenas. Compreende espécies anuais e espécies vivazes. Atinge 1 a 4 metros de altura, tendo vários caules por pé (afilhamento), em que cada um dos quais tem uma influencia terminal do tipo paniculado. Uma espiga séssil, fértil, acompanhada por duas espigetas estéreis pedunculadas que caracterizam o género. O sorgo grão era conhecido na Índia desde a antiguidade, mas existem em todo o mundo espécies silvestres mais ou menos adaptadas. Existe numa ruína Assíria uma gravura que representa o sorgo datada do ano 700 ac.
Provavelmente desde a Índia foi introduzida na Ásia. No principio da era cristã, o sorgo já era conhecido na bacia Mediterrânea e na África Tropical. Desde África passou para a América com os escravos. Só a partir de 1876 é que começou a ser cultivado nos EUA, com a introdução de novas variedades. Graças ao progresso realizado neste país, volta a tomar um crescente interesse no mundo.
USOS E PROPRIEDADES DO SORGO
Atualmente, ocupa, entre os cereais, o quinto lugar em área plantada no mundo, atrás do trigo, arroz, milho e cevada. A produção de sorgo na América do Norte, América do Sul, Europa e Austrália se destina principalmente à alimentação animal, ao passo que na Ásia, África, Rússia, China e América Central, o grão é importante como alimento humano básico. Nos países industrializados cultiva-se sobre tudo como planta forrageira. O Sorgo grão que se cultivam numerosas variedades como, Milo, Kafir, Feterita e Kaohiang, é um dos cereais mais resistentes à seca; em condições de seca e calor extremo, a planta entra numa fase de descanso e quando a situação melhora recupera a sua atividade.
O Sorgo açucarado contém no caule uma seiva doce, que se cultiva para se obter xaropes e como planta forrageira. Certas variedades formam panículas floríferas com caules rígidos e cultivam-se para fabricar escovas, mas hoje em dia estão sendo substituídas por escovas de plástico.
Nas regiões quentes cresce uma gramínea vivaz, próxima do sorgo que é uma infestante e muito difícil de erradicar.
Já se obtiveram variedades anãs de sorgo grão, de um metro de altura, próprias para serem colhidas com uma ceifeira combinada. Este avanço determinou num espectacular aumento de consumo deste cereal.
O sorgo pode obter o mesmo rendimento que outros cultivos, mas empregando menor quantidade de água.
Á medida que vão murchando, as folhas enrolam-se ficando então uma menor superfície exposta á transpiração; isto permite á planta suportar os momentos de seca.
O sorgo desenvolveu-se bem em zonas secas e quentes, situação que o milho não suportaria; entre outras razões, é a sua capacidade de latência durante a seca, que lhe permite voltar a crescer quando começa haver humidade.
Devido ao fato de não apresentar uma proteção para as sementes, como, por exemplo, a palha do milho ou as glumas do trigo e da cevada, a planta de sorgo produz vários compostos fenólicos, os quais servem como uma defesa química contra pássaros, patógenos e outros competidores.
Toda planta de sorgo possui aproximadamente os mesmos níveis de proteína, amido, lipídios etc., porém vários compostos fenólicos podem ocorrer ou não; entre esses compostos, destaca-se o tanino condensado, que tem ação antinutricional, principalmente para os animais monogástricos. Como esses polifenóis são metabólitos secundários, ou seja, não participam de vias metabólicas responsáveis por crescimento e reprodução, a presença e a natureza deles variam enormemente.
Fonte: http://www.aboissa.com.br/ |
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